Há muito tempo certas palavras ou expressões deixaram de ser usadas com o seu real significado.
A primeira, e mais popular (que tratarei em outro post), é a MERDA.
Quando se diz "Deu merda" ninguém está se referindo ao ato de defecar. Trata-se de uma alusão a algo que não deu certo.
A outra palavra é o CARALHO, que como foi explicado em outro post, é aquele cestinho que ficava no topo do mastro das caravelas.
A terceira, e não menos importante é a expressão PUTA-QUE-O-PARIU, que de tanto ser utilizada criou o neologismo "putaqueopariu".
Hoje, durante os jogos de futsal, a pesquisa data-artomy registrou que os jogadores recorreram ao "caralho" 21 vezes em um único jogo de 15 minutos (uma média de 1,4 caralho/minuto). É muito caralho. E em todas as vezes que essa palavra foi proferida o significado era o mesmo: decepção por uma jogada mal concluída.
Por que as pessoas falam espontaneamente caralho no futebol e são discriminadas quando a utilizam no cotidiano? É ou não é preconceito?
Ontem, quando meu veículo foi atingido na traseira por um outro, a primeira palavra que falei, ao descer do carro, foi "putaqueopariu". O condutor do outro veículo não se sentiu ofendido. Entendeu que foi um desabafo, uma vez que ele fizera "merda".
Porém se eu tivesse falado "seu-filho-de-uma-puta" aí sim ele ficaria irado, pois seria uma ofensa pessoal.
Chega de hipocrisia!
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