Relógio digital lusitano

sábado, 20 de março de 2010

Sobre o amor (essa é pra vc Fiódor)

Impressionante!
Memórias do subsolo foi publicado em 1864.
Recortei este trecho por achá-lo sempre atual.

"E como é bom, depois de uma briga, fazer as pazes, ela mesma se culpar perante ele, ou perdoar! E ambos se sentirão tão bem, tão bem! É como se tivessem acabado de se encontrar, de se casar, como o amor tivesse começado de novo. E ninguém, ninguém deve saber o que acontece entre marido e mulher, se eles se amam. E, seja qual for a briga, não devem chamar nem a própria mãe para juiz, nem contar nada um do outro. Eles mesmos são seus próprios juízes.O amor é um mistério de Deus e deve ser oculto de todos os olhares estranhos, aconteça o que acontecer. Deste modo, tudo é mais santo, tudo é melhor. Eles se respeitarão mais um ao outro, e muita coisa baseia-se no respeito mútuo..."
in Memórias do subsolo - Fiódor Dostoiévski

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